segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A Química da Felicidade

Existem quatro elementos químicos naturais no nosso corpo que costumam ser definidos como o “quarteto da felicidade”: a endorfina, a serotonina, a dopamina e a oxitocina.

1. Endorfinas 
As endorfinas são consideradas a morfina do corpo, uma espécie de analgésico natural.  

Descoberta há 40 anos, as endorfinas são uma "breve euforia que mascara a dor física", classifica Breuning.

Por isso, comer alimentos picantes é uma das maneiras de liberar esses opiáceos naturais, o que induz uma sensação de felicidade. Mas essa não é a única maneira de obter uma "injeção" de endorfina.

De acordo com estudo publicado no ano passado por pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), assistir a filmes tristes também eleva os níveis da substância.  

"Aqueles que tiveram maior resposta emocional também registraram maior aumento na resistência a dores e sentimento de unidade em grupo", disse à BBC Robin Dunbar, professor de Psicologia Evolutiva e autor do estudo.  
Dançar, cantar e trabalhar em equipe também são atividades que melhoram, por meio de um aumento nas endorfinas, a união social e tolerância à dor, afirma Dunbar.  

2. Serotonina 
Como a serotonina flui quando você se sente importante, o sentimento de solidão e até mesmo a depressão são respostas químicas à sua ausência.  

"Nas últimas quatro décadas, a questão de como manipular o sistema serotoninérgico com drogas tem sido uma importante área de pesquisa em biologia psiquiátrica e esses estudos têm levado a avanços no tratamento da depressão", escreveu em 2007 Simon Young, editor-chefe na revista Psiquiatria e Neurociência.  

Dez anos mais tarde, a depressão se situa como a principal causa principal de invalidez em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de transtorno mental que afeta mais de 300 milhões de pessoas.  

A estratégia mais simples para elevar o nível de serotonina é recordar momentos felizes, diz Alex Korb, neurocientista do site Psicologia Hoje.

Um sintoma da depressão é esquecer situações felizes. Por isso, acrescenta Korb, olhar fotos antigas ou conversar com um amigo pode ajudar a refrescar a memória.  
O neurocientista descreve três outras maneiras: tomar sol, receber massagens e praticar exercícios aeróbicos, como corrida e ciclismo.  

3. Dopamina
A dopamina costuma ser descrita como responsável por sentimentos como amor e luxúria, mas também já foi tachada de ser viciante. Daí sua descrição como "mediadora do prazer".  

"Baixos níveis de dopamina fazem que pessoas e outros animais sejam menos propensos a trabalhar para um propósito", afirmou John Salamone, professor de Psicologia na Universidade de Connecticut (EUA), em estudo sobre efeitos da dopamina no cérebro publicado em 2012 na revista Neuron.  

Por isso, acrescentou o pesquisador, a dopamina "tem mais a ver com motivação e relação custo-benefício do que com o próprio prazer."  

O certo é que essa substância química é acionada quando se dá o primeiro passo rumo a um objetivo e também quando a meta é cumprida.  

Além disso, pode ser gerada por um fato da vida cotidiana (por exemplo, encontrar uma vaga livre para estacionar o carro) ou algo mais excepcional (como receber uma promoção no trabalho).  

A melhor maneira de elevar a dopamina, portanto, é definir metas de curto prazo ou dividir objetivos de longo prazo em metas mais rápidas. E celebrar quando atingi-las.  

4. Oxitocina 
Por ser relacionada com o desenvolvimento de comportamentos e vícios maternos, a oxitocina é muitas vezes apelidada de "hormônio dos vínculos emocionais" e "hormônio do abraço".

Segundo estudo publicado em 2011 pelo ginecologista e obstetra indiano Navneet Magon, "a ligação social é essencial para a sobrevivência da espécie (humanos e alguns animais), uma vez que favorece a reprodução, proteção contra predadores e mudanças ambientais, além de promover o desenvolvimento do cérebro."  

"A exclusão do grupo produz transtornos físicos e mentais no indivíduo, e, eventualmente, leva à morte", acrescenta.  
Por isso, o obstetra considera que a oxitocina tem uma "posição de liderança" nesse "quarteto da felicidade": "É um composto cerebral importante na construção da confiança, que é necessária para desenvolver relacionamentos emocionais."  

Abraçar é uma forma simples de se conseguir um aumento da oxitocina. Dar ou receber um presente é um outro exemplo.  

Breuning, da Universidade da Califórnia, também aconselha construir relações de confiança, dando "pequenos passos" e "negociando expectativas" para que ambas as partes possam concretizar o vínculo emocional.

Fonte:
https://amenteemaravilhosa.com.br/alimentos-que-aumentam-a-serotonina-dopamina/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-39299792

terça-feira, 12 de março de 2019

Química Verde

O termo Química Verde surgiu da necessidade de auxiliar no combate à poluição gerada por Indústrias, se refere a um projeto de produtos e processos químicos que reduzem ou eliminam o uso e geração de substâncias nocivas.

Os processos químicos são responsáveis por boa parte dos poluentes lançados em rios; torná-los mais limpos é o principal objetivo dos defensores da Green Chemistry. A iniciativa para o projeto vem da Sociedade Química Americana, veja a seguir alguns passos que podem minimizar os impactos ambientais:

• A escolha das substâncias a serem utilizadas no processo é um passo muito importante, ingredientes menos tóxicos geram resíduos menos agressivos à natureza.   
• O uso de fontes renováveis diminui o volume de resíduos, uma vez que o método permite que a matéria-prima seja reutilizada após seu uso. Por exemplo, a reciclagem do papel traz economia de energia. Se fosse para utilizar a madeira virgem, o processo levaria mais tempo, o que implica em um aumento do gasto de energia.   

• A análise em tempo real permite identificar resíduos tóxicos assim que eles aparecem em meio ao processo. Metodologias analíticas que monitoram e controlam o processo evitam a formação de substâncias nocivas.   

• Os acidentes químicos podem ser evitados se os processos forem criteriosamente escolhidos. A probabilidade de vazamentos, explosões e incêndios pode ser erradicada através da escolha correta da Metodologia. Estas são algumas das iniciativas a serem seguidas para as Indústrias que se adaptam à Química Verde. 

Fonte bibliográfica:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/quimica-verde.htm


http://viewerdemo.moderna.com.br/index.html#/viewer/MPLQUIM1E%20DEMO/28

Grandes Mulheres Cientistas

Marie Curie (1867 – 1934) 
Esta física e química polonesa conhecida como a “mãe da Física Moderna”, ficou famosa por sua pesquisa pioneira sobre a radioatividade, pela descoberta dos elementos polônio e rádio e por conseguir isolar isótopos destes elementos. 

Seu trabalho ajudou na criação de máquinas de raio-x. Foi a primeira mulher a ganhar um Nobel e a primeira pessoa a ser premiada duas vezes com o prêmio: a primeira vez em Física, em 1903, e a segunda em Química, em 1911.

Maria Mayer (1906 - 1972)
Física teórica alemã que ganhou o Prêmio Nobel de Física por suas pesquisas sobre a estrutura do átomo.

Rachel Carson (1907 - 1967)
Bióloga americana que revolucionou o movimento conservacionista em todo o mundo e publicou estudos importantíssimos sobre o uso de pesticidas.

Mária Telkes (1900 - 1995)
O primeiro aquecedor solar foi criado pela biofísica húngara, Dra. Maria Telkes, ela projetou a primeira casa com esse tipo de aquecimento. Ela se mudou para os Estados Unidos em 1925 para trabalhar no Massachussetts Institute of Technology (MIT), na área de pesquisa em energia solar. Ela inventou o gerador e o refrigerador termoelétricos.

Cecilia Payne-Gaposchkin (1900 - 1979)
Astrônoma inglesa que descobriu que as estrelas são compostas principalmente de Hidrogênio e Hélio. Ela estabeleceu uma classificação para os astros de acordo com suas temperaturas.

Stephanie Kwolek (1923 - 2014)
A química Stephanie Kwolek, inventou a fibra Kevlar super-forte, usada para fazer coletes à prova de balas. A invenção de Kwolek é cinco vezes mais forte que o aço, e também tem cerca de 200 outros usos. A química trabalhava originalmente na criação de um material mais leve para pneus de carro, quando descobriu a fibra Kevlar, hoje ela é utilizada até para revestir alguns smartphones.  

Ida Noddack (1896 - 1978)
Química alemã que teve importante papel na descoberta do elemento Rênio. Foi a primeira cientista a propor a ideia de fissão nuclear.

Johanna Döbereiner (1924-2000) 
A agrônoma realizou pesquisas fundamentais para que o Brasil se tornasse um grande produtor de soja, além de ter desenvolvido o Proálcool. Estima-se que suas pesquisas fazem com que o nosso país economizem 1,5 bilhões de dólares todos os anos, que seriam gastos em fertilizantes. Seu estudo sobre fixação de nitrogênio permitiu que mais pessoas tivessem acesso a alimentos baratos e lhe rendeu uma indicação para o Nobel de Química em 1997.

Dorothy Hodgkin (1910-1994) 
Ganhadora do Prêmio Nobel de química, Dorothy Hodkin se dedicou aos estudos de técnicas de cristalografia de raio-x, que hoje são usadas para descobrir as estruturas tridimensionais de biomoléculas. Entre suas mais importantes descobertas está a estrutura da penicilina.

Katharine Burr Blodgett (1898 - 1979)
Você consegue imaginar como seria a sua vida sem o vidro invisível? Ele está presente nas lentes de câmeras, óculos, microscópios, etc. O vidro transparente foi criado por Katharine Blodgett, que foi nada menos do que a primeira mulher cientista da General Electric. Em 1935, ela conseguiu transferir finas camadas de moléculas do vidro de um formato para outro, impedindo que fossem causadas distorções.    

Fonte bibliográfica:
https://super.abril.com.br/ciencia/15-mulheres-que-se-tornaram-grandes-cientistas/
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/10-grandes-mulheres-da-ciencia.html
http://www.gobetago.com.br/2015/11/19/31-mulheres-que-fizeram-e-estao-fazendo-historia-na-ciencia/
http://lounge.obviousmag.org/entre_ocio_e_sonhos/2016/06/fantasticas-invencoes-e-descobertas-feitas-por-mulheres-que-voce-nao-faz-ideia.html

domingo, 5 de março de 2017

Impacto ambiental causado por pilhas e similares

Além da tecnologia envolvida nos processos  de obtenção de energia elétrica, é importante atentar aos aspectos ambientais que estão relacionados às transformações que ocorrem com  os materiais usados nesses processos.  

Uma questão ambiental que tem sido bastante debatida é a do destino que se deve dar a  pilhas e baterias que não podem mais ser utilizadas. 

Alguns dos materiais metálicos que as compõem são tóxicos (compostos de chumbo,  cádmio e mercúrio) e podem contaminar o solo  e a água, causando problemas ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde da população.

Para evitar esse tipo de problema, o Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, obriga os fabricantes de pilhas e baterias a recolhê-las após o uso e a providenciar a reciclagem de seus componentes ou um descarte ambientalmente adequado. Para que essa medida seja mais efetiva,  é importante também que a população colabore não jogando pilhas usadas no lixo comum, mas encaminhando-as a locais onde os fabricantes  possam recolhê-las.

O custo energético para produzir metais  
No que se refere à utilização industrial dos processos de eletrólise, questões ambientais importantes estão relacionadas ao consumo de energia elétrica. 

No caso da produção de alumínio, por exemplo, são necessários de 14 kWh a 16 kWh para se produzir 1 kg do metal. Para se ter um parâmetro de comparação, 14 kW são suficientes para manter cerca de seis chuveiros  elétricos ligados durante uma hora. 

Esse elevado  consumo pode exigir que as fontes de energia elétrica de uma determinada região sejam diversificadas ou que o potencial de geração seja ampliado, podendo causar impactos significativos nos ecossistemas e na vida da população da região.

Conclusão  
Percebe-se, então, que tanto os processos que geram eletricidade com base nas transformações químicas (pilhas e baterias) quanto aqueles em que a corrente elétrica é utilizada para provocar transformações químicas (processos eletrolíticos) têm muitas aplicações tecnológicas e envolvem uma complexa problemática ambiental. 

O  estudo das transformações químicas envolvidas  nesses processos auxiliará na compreensão dessas questões e na reflexão sobre a importância  da adoção de posturas responsáveis relativas à preservação do meio ambiente.  

Elaborado por Isis Valença de Sousa Santos e Maria  Fernanda Penteado Lamas especialmente para o São Paulo faz escola.
Fonte:    
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: Caderno do Professor, Química, Ensino Médio, 2ª Série. São Paulo: SE, 2014. 

Eletrólise, a obtenção de metais e a indústria cloro-álcali

O alumínio é obtido da bauxita – minério de alumínio composto principalmente de óxidos de alumínio hidratados –, que, ao interagir com uma solução de soda cáustica, sofre transformações químicas, produzindo a alumina (Al2O3). 

Esse material é, então, submetido à eletrólise a altas temperaturas, produzindo o alumínio líquido,  que é recolhido do fundo das cubas eletrolíticas.

Esse processo foi patenteado em 1886 e chamado de Hall-Héroult. Nesse ano, Charles Hall  produziu alumínio pela primeira vez, a partir da  eletrólise da alumina dissolvida em um banho de  criolita fundida (Na3AlF6). Também nesse ano,  Paul Héroult desenvolveu e patenteou um processo semelhante a esse. Isso explica por que o processo recebeu o nome dos dois inventores.

Os minérios mais comuns utilizados na obtenção de cobre são a calcopirita (CuFeS2), a  calcosita (Cu2S), a azurita (CuCO3) e a cuprita  (Cu2O). Os minérios são triturados e passam  por processos de purificação; os produtos são submetidos a vários tratamentos térmicos para que se obtenha uma mistura que contém aproximadamente 98% a 99% de cobre metálico. 

Essa  mistura pode ser, então, novamente purificada, utilizando-se um processo eletrolítico no qual se  formará cobre com 99,98% de pureza.

A soda cáustica é uma importante matéria-prima industrial empregada no refino de óleos,  na produção de sabões e detergentes etc. Para  obtê-la, uma solução de água e sal (salmoura) é submetida a um processo de eletrólise que produz soda cáustica, gás cloro (Cl2) e gás hidrogênio (H2).

Elaborado por Isis Valença de Sousa Santos e Maria  Fernanda Penteado Lamas especialmente para o São Paulo faz escola.
Fonte:   
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: Caderno do Professor, Química, Ensino Médio, 2ª Série. São Paulo: SE, 2014. 
https://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/adrenaciencia-gifs-interessantes.496158/page-4