Há
muitos aspectos que podem ser considerados ao analisar os pontos positivos e
negativos de uma bateria. Durabilidade, quantidade de energia fornecida em
relação à massa da bateria, custo, portabilidade, segurança e impactos ambientais
associados ao seu descarte e à sua produção são alguns deles.
Por
muito tempo, a bateria mais utilizada em aparelhos portáteis continha os metais
níquel e cádmio. Porém, no início da década de 1990, surgiu uma bateria que
apresentou vantagens sobre ela: a bateria de íon lítio.
Nela
são utilizados compostos que contêm íons lítio e soluções condutoras não
aquosas, constituídas por substâncias orgânicas, em recipientes selados.
Tem-se, então, um sistema que possibilita uma recarga segura da bateria, associado
a um fornecimento de energia considerado vantajoso. Os materiais utilizados
possuem baixa densidade, o que possibilita uma relação energia/massa que é o
dobro daquela apresentada por uma bateria de níquel-cádmio.
Em
1991, foi comercializada a primeira bateria de íon lítio. Avalia-se hoje que
essas baterias não necessitam de manutenção frequente e não possuem o chamado
“efeito memória” (como acontece com a bateria de níquel-cádmio), o que quer
dizer que seu bom funcionamento não está condicionado ao fato de que a bateria
precisa estar totalmente descarregada antes de ser submetida ao recarregamento.
Os
custos ambientais relacionados ao seu descarte não são considerados altos, pois
esse tipo de bateria não utiliza metais pesados, que são prejudiciais ao meio
ambiente, como mercúrio, cádmio e chumbo.
Porém,
há aspectos negativos que devem ser apontados. A corrosão do invólucro externo
libera o solvente empregado, que é inflamável e tóxico, e, se o descarte da
bateria não for feito de forma correta, pode ocasionar a contaminação do solo e
da água.
O custo dessa bateria ainda é considerado alto (cerca de 40% a mais do
que o das baterias de níquel-cádmio).
Podemos
concluir, então, que a escolha de qual bateria utilizar para cada aplicação
deve ser orientada tanto por aspectos técnicos e econômicos quanto por questões
relacionadas aos impactos ambientais decorrentes desses usos.
Elaborado
por Isis Valença de Sousa Santos e Maria Fernanda Penteado Lamas especialmente
para o São Paulo faz escola.
Fonte:
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: Caderno do Professor, Química, Ensino Médio, 2ª Série. São Paulo: SE, 2014.